Esse meu blog está mais pra um reality show do que pra uma aula - como expliquei diversas vezes, nunca fiz isso, estou aprendendo fazendo - então, espero que os que me acompanham possam aprender com meus meus acertos e erros ou seja, posso estar mostrando como não fazer.
Ainda não conclui a laminação, neste exato momento 80% do casco e costados estão pronto mas sinto necessidade de comentar o que se passou.
O tempo estava perfeito, sol a pino, mas deu merda geral... nem tanto pelo resultado final, mas pelo desenrolar, vejamos:
1. O rolo terminou...
Comprei material imaginando que haveria uma equipe grande, que o trabalho seria desenvolvido com rapidez e o material acessório para laminação poderia ser reaproveitado, limpando-o com tinner. Qual nada, a equipe foi pequena mas mesmo que fosse grande o reaproveitamento atrapalhou mais do que ajudou, consequentemente faltou material. Bem, limpar os rolos foi um fracasso total, utilizamos, limpamos com tinner enquanto outro estava sendo usado, quando íamos reutilizar o que tinha sido limpo este já não servia mais, estava duro e não prestava, sem falar na perda de tinner e mão de obra, portanto abandonamos a limpeza... utilizamos o máximo possível e descartamos - o serviço andou legal...
Mas o roto acabou, liguei pro meu fornecedor no intuito dele me indicar algum que pudesse substituí-lo e ele indicou os de pele de carneiro... uma bosta. Não espalhou legal, perdi muito material e ele, por ficar muito encharcado, aquecia muito rapidamente, enfim, perda total...
Esses não valem o que um gato enterra...
Esses são os indicados...
Lição: Utilizar o material correto, compre com sobra, você não se arrependerá se gastar R$ 100,00 a mais.
2. O tecido...
O comprimento total do barco é de 25 pés, aproximadamente 7,50 m, na primeira camada de tecido, logo após a impregnação, pode-se utilizar o tecido inteiro, sem cortes, mas na segunda camada não fica legal, pelo menos pra mim que não tenho prática... as vezes que utilizei ele inteiro tive problemas... geram-se bolhas e enrugamento e perde-se muito tempo tentando ajustar. O ideal é fazer em duas etapas, metade e depois a outra metade.
3. Roupas...
A laminação mela muito. Todas as roupas que utilizei foram descartadas - já eram roupas velhas, mas se fossem novas teria que descartá-las do mesmo jeito.
O ideal é utilizar camisas de mangas compridas, botas, toucas e luvas... só utilizei as luvas, shortes e camisetas, resultado: me dei mal, perdi até as sandálias...
4. Lixar...
Lixar produz uma coceira quase insuportável, por isso cubra o corpo o máximo possível, preferencialmente com calças de tecido grosso e duas camisas de manga comprida.
Utilize óculos e máscaras, sempre.
Para suavizar o efeito, evite coçar, enxague abundantemente com água e a seguir passe hidratante nas partes afetadas. Durante dois dias a coceira persistirá, evite utilizar muitas roupas após a limpeza e hidratação. Muitos banhos ajudam.
Em caso de irritação procure um médico.
5. Material de segurança...
Utilizamos óculos, máscaras e luvas. Numa das laminadas esquecemos de colocar as luvas - desastre total.
Limpe as mãos com bastante água, sabão e esponjas - detergentes líquidos não resolvem, tem que ser sabão em barra - nunca utilize tinner pra limpeza de pele, queima.
6. Grau de dificuldade...
Cansa bastante.
Laminar na vertical foi mais fácil que na horizontal.
Não é coisa do outro mundo, muito pelo contrário porém, sempre tem um porém, planeje bastante. Já no final, depois de alguma experiência, relaxei e me dei mal.
A equipe mínima para esse serviço são 3 pessoas e não precisa ninguém especialista, qualquer zé ruela pode ajudar... só precisa ser experto e rápido... se for lento descarte.
7. Preparação da resina...
Já ia esquecendo.
Comprei uma balança eletrônica que sem ela o serviço seria bem mais lento. Os componentes da resina possuem mesma densidade, então o trabalho foi colocar os pesos proporcionais e pronto.
Custou uns R$ 100,00 no Mercado Livre.